terça-feira, 31 de março de 2009

Sim ou não? Esquerda ou direita? Demitir ou contratar? Nescau ou Toddy? Os problemas empresariais no processo de tomada de decisão.


Na edição desse mês da revista Época Negócios, saiu uma reportagem muito interessante e que sintoniza com a matéria vista em aula: o planejamento e a tomada de decisão (Cap. 9, no livro). Nada que eu, Tucker, entre tigres e carros, não soubesse ainda. Mas o conteúdo é relevante.

A matéria conta de uma análise, feita por dois estudiosos norte americanos, e encomendada por uma empresa farmacêutica para responder a seguinte questão:
quanto custa, seja em dinheiro ou em tempo, tomar uma decisão?

Feito o trabalho, foi descoberto que a empresa em uma compra de US$ 39 mil, por exemplo, gastava US$ 17 mil no processo de tomada de decisão. Além disso, outro fato evidenciado foi que os gestores “gastavam” 17,4 mil horas por mês. O que mais impressionou, porém, não foram esses números altos, até porque como aprendido em aula, o trabalho de um gestor é muito menos operacional e mais estratégico. Além disso, deve resolver questões de grande influência e impacto para a empresa. Por isso, é natural que tome um bom tempo e dinheiro.
O que chamou atenção foram sim, as pessoas envolvidas no processo de decisão. Os gestores envolviam em média 13 outras pessoas, que o auxiliavam, sendo que desses, 9 não tinham posição critica para ajudar. A reportagem não deixa claro, mas por “posição crítica” entendemos que eram funcionários, que ocupava cargos abaixo dos gestores em áreas mais distantes e que, portanto, estavam com falta de informações relacionadas à decisão.

A conclusão então foi que estava-se gastando muito tempo, com pessoas erradas.

Os dois estudiosos foram mais a fundo e publicaram um estudo sobre a influência das redes sociais dentro das empresas, averiguando como elas influenciam as decisões.
Uma das conclusões foi de que essas redes sociais podem tumultuar e paralisar o processo decisório, seja através de “colaborações excessivas”, seja, no extremo oposto, pelo isolamento entre as áreas da empresas, ou até mesmo pelo medo de errar e de se responsabilizar por determinada ação.

Tudo bem, mas como resolver esse problema?
Tucker aqui lhe diz como:
Ouçam a professora Luciana. Como visto em aula, é imprescindível que haja um planejamento, que estabeleça metas, objetivos e estratégias – e porque não prazos. Mas o planejamento deve também definir de maneira clara, até onde cada um deve ir, até onde cada gestor deve decidir e, principalmente o que e como ele vai decidir.
Essa “burocracia decisiva” - atentem para os dois sentidos dessa expressão de minha autoria e que não pude dizer no filme – pode ser evitada também através da integração entre as diversas áreas e os integrantes da empresa, porém sem que isso se torne uma bagunça, com cada área e cada um sabendo de seus limites. Adptando as bonitas palavras de Winnicott (obrigado, Pedro di Santi.Ok.) é estar sozinho na presença dos outros. A devida consciência empresarial de coletividade e individualidade pode evitar o medo de errar e também o gasto excessivo de tempo na tomada de decisão.

Um abraço para todos os meus bons tigres!
Professora Luciana, suas aulas são memoráveis, me lembram dos meus bons tempos de business man.