quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O preto nunca foi tão verde


Hey Tigers,

Após um longo período de abstinência do meu lado escritor, estou de volta! Como diria meu amigo e humorista John Lajoie: “Oh yeah I’m back bitches”. Para reatar nossa relação vim falar sobre a sustentabilidade na web e como pequenos atos podem colaborar para grandes economias de energia. Sempre escutei falar que a aplicação da cor preta como background de páginas da web ou mesmo como fundo de tela do desktop tinha o poder de economizar alguns watts de energia. Pensando nisso, fiz uma rápida busca no Google sobre o assunto descobri algo um tanto quanto interessante:

  • Páginas com o fundo branco são muito menos agressivas aos olhos.

  • A visualização de páginas com o fundo preto propiciam uma economia energia de até 20% * em comparação ao ato de visualizar uma página com o background branco.

*números que consideram os caracteres e pequenas imagens expostas nas páginas.

  • A exibição de um ecrã branco demanda cerca de 74 watts, enquanto um ecrã preto gasta cerca de 54 watts.

Como um verdadeiro tigre, apliquei tal coloração em meu blog. Nem sempre um grande empreendedor possui a primeira idéia, e quando isso acontece seguir grandes idéias é o melhor a fazer, ainda mais quando se trata do tema preservação do meio ambiente.

Digo que não tive a primeira idéia, pois muitos sites aplicaram a cor preta como background e não se sabe ao certo o pioneiro, mas trago a vocês um case relacionado a esse tema.

Todos conhecem a página mais acessada do mundo. Google, o maior buscador do planeta e terror de Bill Gates possui a interface branca, sendo assim propicia um enorme consumo de energia que poderia ser evitado recolorindo a página de preto. O eco4planet, uma versão do Google com apelo masi sustentável economiza energia pelo simples motivo de sua tela de exibição ser predominantemente preta. Considerando as mais de 1,4 bilhão de buscas diárias realizadas no Google com tempo médio suposto em 10 segundos por pesquisa e a proporção de monitores por tecnologia utilizada, teriamos com um buscador de fundo preto a economia anual de mais de 5,3 Milhões de Kilowatts-hora! Carregando essa ideologia é que surgiu o buscador vinculado ao Google, Eco4planet.

Bom Termino aqui o post que celebra o retorno de nossa relação....um grande abraço.



sábado, 6 de junho de 2009

Engajamento

A palavra engajamento é muito utilizada dentro das organizações. Isso nos faz refletir quais motivações as empresas esperam que seus profissionais estejam engajados.

Foi divulgada  uma pesquisa da Gallup sobre o engajamento da força de trabalho brasileira. Esse estudo revelou que 21% dos entrevistados estão engajados no seu trabalho. O conceito trabalhado pela Gallup é mais amplo que a simples satisfação pelo trabalho.

Esse dado faz com que tenhamos algumas reflexões.O que é essencial para o engajamento? O que desperta e mantém a paixão do empregado pela empresa – bons salários, acesso às informações, treinamentos, cursos? Ter um líder engajado com a empresa e em desenvolver sua equipe colabora para o engajamento do funcionário?

Tudo isto é importante para o engajamento, mas se estas ações forem aplicadas de forma segmentada, não são suficientes para que os valores, a missão, a visão e o DNA da empresa sejam absorvidos pelos empregados. Não podemos esquecer que todos os funcionários são instáveis, seja com carências, desejos, crenças, expectativas e emoções

O que podemos afirmar é que, de fato, todas as pessoas buscam o reconhecimento, desejam e esperam ser alguém significativo. E esse reconhecimento passa por todos os aspectos que dão valor às pessoas, seja recompensa financeira, oportunidade de crescimento, reconhecimento dos superiores ou bom relacionamento com os colegas de trabalho.

Dessa forma, se o líder for um bom ouvinte, saiba agregar e seja focado no desenvolvimento, mas a empresa peca nos quesitos salários e benefícios, será difícel reter o funcinário. O bom clima organizacional também é um fator essencial para o engajamento do empregado. É importante que a empresa esteja preocupada em cercar-se de todos os lados possíveis a fim de promover o engajamento.

Deve-se ressaltar que, atualmente, as companhias exigem cada vez mais de seus funcionários, e isso pode gerar uma insatisfação, por sentir que nunca faz o suficiente pela empresa. Esses funcionários estão cada vez mais capacitados, informados, atualizados e exigente. Fazer com que se sintam únicos e essenciais à empresa pode gerar o engajamento tão desejado.

Instigar o engajamento ou a paixão dos empregados é um investimento, que pode ter um custo à empresa, mas é sempre recompensador.Todos sabemos que empregados engajados são mais produtivos. Esses funcionários são mais lucrativos, mais focados nos clientes, mais seguros e mais resistentes às propostas de sair da empresa.
O que mais as empresas podem querer? 

Ou dá ou desce!

De acordo com os estudos realizados pela Booz & Company sobre a sucessão de CEO´s nas empresas a rotatividades dos chefões das grandes empresas aumentou em 4,6%. Mas não que isso seja algo muito surpreendente, pois as empresas cada vez mais cobram resultados imediatos e surpreendentes de seus empregados. Assim, quando não há resultados esperados é hora de mudar, igual ao futebol.
Mas eis que você deve estar se perguntando, que p**ra que o futebol tem a ver com isso? É só pensar na velocidade em que os times mudam seus técnicos. Se perder ta fora!
Em todo lugar e toda função, as pessoas têm obrigação de inovar e gerar resultados com urgência, afinal a informação esta a disposição de todos e fazer o basico ou fazer bem feito não vale de mais nada. 
Ou seja se você, meu lindo leitor, estiver planejando estar entre os melhores, comece a expandir seus horizontes, aumentar seu repertório e pensar como um verdadeiro empreendedor. Pois seja onde for, você tera que ser pelo mostrar que sabe agir como eu.

Adios.
“If you tell me, i’ll forget
If you show me, I’ll remember
If you engage me, I’ll remember forever"


Arnold Wayne, CEO, Profero

Não, essa frase não faz parte de mais um “Momento JC”aqui do blog. Mas ela é a tradução do que pode vir a ser um novo modelo de planejamento nas organizações ou até mesmo uma maneira de delegar e liderar seus funcionários.

O chamado “Engagement Planning” é mais do que planejar e estabelecer metas para ajudar a organização a alcançar um alto desempenho. O engagement planning não é o fim, mas sim o meio pelo qual a empresa consegue alcançar seus objetivos.

Vocês se lembram da maneira como eu lidava com meus funcionários, sempre tentando estimulá-los e principalmente engajá-los com o projeto que eles estavam envolvidos? Aquilo era o que podemos chamar de “engagemente leadership” (ok, o nome eu estou inventando, mas o que importa é a essência da idéia).

Ter funcionários engajados que de fato se preocupam com o projeto/empresa é uma ótima (não a única) maneira de se obter sucesso. Assim, no momento do plano de ação da empresa essas pessoas estarão tão envolvidas no projeto que irão alcançar as metas estipuladas de uma maneira mais fácil e natural, fazendo com que a etapa de revisar o progresso do plano de ação seja muito mais fácil e sem grandes problemas. Dessa maneira diminui as chances das possíveis medidas corretivas no processo.

A citação no começo desse post também pode traduzir o que vem sendo uma tendência no universo da propaganda. Nessa semana tive a oportunidade de participar de um evento na ESPM chamado “Mi Case Su Case”. Organizado pelo Grupo de Planejamento, os palestrantes Cynthia Horowicz, Rita Almeida, Ken Fujioka e Fabiano Coura tinham como mote contar um case que eles tinham participado e tinham orgulho e outro que eles não tinham participado mas gostariam de tê-lo feito.

Fabiano Coura contou um case do Bradesco Seguros, uma verdadeira aula de “engagement planning”. De maneira breve e simples o case era o seguinte: o cliente pediu que fosse realizado algo de inovador para melhorar a imagem da marca Seguro Auto.A solução foi lançar o primeiro aplicativo comercial de Iphone da América Latina, oferecendo diversos tipos de serviço nesse “programinha”. Tudo bem, até aí tudo ta legal, tudo certo, mas onde está o pulo do gato, o “engagement planning”?

A grande sacada do planejamento dessa campanha foi a comunicação desse produto digital para seus prospects. A solução para disseminar essa inovação para a massa foi através da maneira mais eficiente possível: usando a força e disseminação das próprias pessoas. Foram realizadas ações específicas para atingir e engajar os verdadeiros formadores de opinião e grandes influenciadores de compras. Assim eles iriam espalhar a novidade com muito mais credibilidade do que um simples comercial de 30” na TV. Mas as inovações não param por aí. A grande inovação desse case é o produto em si. O tal aplicativo oferece diversos tipos de informações que são de fato relevantes para a população, como por exemplo lugares que o cliente tem desconto com a apresentação do seu cartão de seguros ou os mecânicos mais próximos naquele exato momento.

Ou seja, marcas que produzem conteúdo e de fato interagem com seus consumidores acabam criando um engajamento deles. Com esse engajamento esse consumidor pode disseminar essa marca para sua rede de relacionamento. Mais do que isso, ele pode se tornar um cliente fiel de grande valor para a marca, se tornando um verdadeiro advogado da marca. Mas tudo isso começou com uma ação inovadora elaborada nos mínimos detalhes através do “engagement planning” da empresa.

Peço licença ao Fabiano Coura e coloco a seguir sua apresentação completa do Mi Case Su Case.

Responsabilidade Social X Responsabilidade Social Corporativa

As expressões "responsabilidade social" e "responsabilidade social corporativa", por vezes, possuem o mesmo significado. No site do Business for Social Responsibility (BSR), encontra-se a seguinte definição para responsabilidade social:


"Uma variedade de termos é usada - às vezes permutadamente - para abordar a responsabilidade social corporativa (CSR): negócios éticos, cidadania corporativa, prestação de contas corporativa, sustentabilidade. O BSR define responsabilidade social corporativa como 'alcançar sucesso comercial de maneira que honre valores e respeite pessoas, comunidade e o meio ambiente'. Nós também dizemos CSR que significa dirigir as expectativas legais, éticas, comerciais e outras para os negócios, tomar decisões que equilibrem razoavelmente as reivindicações de todos os stakeholders. Resumindo, é 'o que você faz, como você faz, e quando e o que você fala'."


Historicamente, pode-se dizer que a discussão sobre responsabilidade social iniciou-se com H. R. Bowen em 1953, que inspirou várias idéias novas sobre o tema quando escreveu uma obra sobre responsabilidade social do executivo. Em seu livro, ressalta a seguinte citação (1957):


"As decisões e ações do homem de negócios estão em relação direta com a natureza de nossa personalidade. Suas decisões afetam não só a ele próprio e aos seus acionistas, operários e fregueses - elas afetam a vida e a sorte de todos nós".


A empresa não é um ser isolado, já que faz parte de um sistema comunitário, e a sua ação no meio em que vive, ou em que está instalada, é sempre relevante. A empresa, fazendo parte desse sistema, não pode fazer aquele que quer, com a perpectiva de punição da sociedade, que pode levar à sua extinção, ou seja, a empresa não pode visar somente a geração de lucros para os proprietários e acionistas, mas a sua atuação deve ser responsável, pois afeta a comunidade local. Sobre essa afirmação, Bowen pergunta:


"Em face de sua posição privilegiada e de sua considerável autoridade para decidir, estarão os homens de negócios na obrigação de levar em conta as consequências sociais ao firmarem suas resoluções de caráter privado? No caso afirmativo, terão eles responsabilidades sociais que transcendam suas obrigações para com os proprietários ou os acionistas?"


Nos anos 60, nos Estados Unidos, com a insatisfação gerada pela guerra do Vietnã e pela discriminação racial, as igrejas, as universidades e outras organizações sociais exerceram pressão sobre as grandes empresas da época, levando-as a uma nova ética: a responsabilidade social. Seguiu-se então um período morno nos anos 70 e 80, em que as empresas estavam mais preocupadas com os retornos monetários de suas operações.


As maiores discussões sobre o assunto ocorreram no final da década de 1990, quando se torno necessária a definição do papel social das organizações. É evidente que o Estado não pode proporcionar o devido amparo aos mais carentes, o que fera mais pobreza e violência na sociedade. As instituições de caridade se movimentaram, diversas organizações não-governamentais foram criadas para suprir a falta do Estado na solução dos problemas. Mas e a empresa? Ela também não faz parte da sociedade? E os possíveis danos que elas causam ao meio ambiente não serão eliminados ou minimizados? A resposta pode ser dada por Gomes:


"Entretanto, com a crescente e assustadora degradação do meio ambiente, as empresas se viram obrigadas, pela pressão da sociedade, governos, associações de defesa do ecossistema, clientes, fornecedores, entre outros, a incorporar também, no seu planejamento estratégico, objetivos sociais, que envolvam, dentre outras coisas, o bem-estar da população na sua integridade".


Fonte: Responsabilidade Social das Empresas - A contribuição das universidades.

Para recall aperte duas vezes o send, se ainda tiver um dedo.

Qualidade foi um substantivo com qual sempre me preocupei na Tucker Corporation, e isso ficou provado com o lançamento do Torpedo, um carro inovador, eficiente e evidentemente com o charme americano. Pensando nisso, recordo me de casos como do Vokswagen Fox (início de 2008), que apesar do sucesso nas vendas cometeu um erro absurdo processo de controle de qualidade de tal carro, o que permitiu que cenas bizarras de decepamento ocorressem com aqueles que são as pessoas mais importantes, seus clientes. Todos sabemos que o controle de qualidade é um tipo de controle simultâneo, pois é realizado no momento em que o produto está sendo fabricado e num momento pós fabricação. Pois é amigos, porém os engenheiros da VW não foram tão rápidos quanto deveriam ser, e demoraram a fazer o recall dos modelos. Esse período de demora permitiu com que muitos proprietários perdessem partes de seus dedos enquanto acionavam o dispositivo de rebatimento do banco. Na ocasião a montadora evitou utilizar o termo recall e convidou os proprietários de tal veículo a comparecerem às concessionárias da marca e retirarem gratuitamente uma nova peça (anel de borracha) que consertaria o defeito. Em nota oficial a Volkswagen dizia que a culpa era exclusivamente dos proprietários, um tremendo e imenso absurdo.


Todo e qualquer tipo de controle é bem vindo à empresa desde que tenha em sua essência a funcionalidade de analisar desempenhos e corrigir eventuais problemas. E depois ainda falam que os alemães sabem fazer carros! Já faz algum tempo que os decepamentos aconteceram mas as marcas ficam para o resto da vida. Viva o Torpedo, viva os carros japoneses. Sou Preston Tucker e tento descrever minha indignação neste post. Obrigado por sua atenção. Boa noite.

"Enfia essa prova..."

Quando o menino Tucker aqui era ainda apenas um filhote de tigre, sempre ouvía dizer.
"Tá vendo esse garotinho que fica quieto no canto da sala, super inteligente e que sempre tira nota máxima na sua classe? Ele será o seu chefe."

Hoje, muitos anos depois, no auge do meu faro empreendor, sentado em uma poltrona de couro e com os pés na mesa, posso falar:
Isso nem sempre é verdade.

Pro cara ser bom mesmo, ele tem que ter mais que notas altas. Isso é muito bom e, certas vezes, é indispensável. Mas é que, geralmente, negócios vão além disso. Não se trata de teoria - matrizes de marketing ou outros métodos avançados de análise. Também não é prática - saber todos cases de sucesso e fracasso do mundo empresarial.
Enfim, é algo que não se aprende em provas.

É a inteligência emocional.

Significa, de acordo com a wiki, "a sua capacidade de sentir, entender, controlar e modificar o estado emocional próprio ou de outra pessoa de forma organizada."
De um jeito mais simples, é o quanto você consegue entender o outro e se relacionar com ele.
E, nisso, meu caros tigres, é bem mais difícil tirar 10.

O conceito já tem algumas décadas mas está sendo retomado e revisitado por um cara chamado Daniel Golleman, um psicólogo, que escreveu um livro sobre assunto - com o original título de "Inteligência emocional".

Ele foi entrevistado recentemente na Globo News para falar sobre o tema. 
Tenho que dizer, esse tigre é dos meus.
No programa, ele destacou a importância do auto-conhecimento para entender o próximo.
Disse, entre outras coisas, que é fundamental sempre buscar entender o nós estamos falando, como estamos agindo e, principalmente, ter conhecimento de que parte do que fazemos é um movimento inconsciente.
Apenas depois de se conhecer é que você pode se colocar no lugar do outro e entendê-lo.

A inteligência emocional tem papel de destaque no mundo empresarial. Afinal, trata-se da boa e velha capacidade humana do gestor.

Não é à toa que o Daniel aí de cima, tá chegando no Clóvis em número de palestra agendadas com os engravatados, que se sentam em uma confortável poltrona de couro e colocam os pés na mesa.



Fica uma questão, seria Pedro di Santi, o Daniel Golleman brasileiro?

Por enquanto é isso, Tigres.
Volto daqui alguns minutos,
um abraço

Folgados?

Gostaria de levantar uma questão, caros amigos!

Os publicitários são folgados?


Esse estigma já existe há um tempo, mas de onde será que ele vem?

Lá no começo, bem no início do mercado publicitário, todos os “criativos” da época ainda eram engravatados, escritores, poetas e artistas. Todos considerados normais até certo ponto. No Brasil esse modelo era o mesmo, e em alguma medida funcionava sem nenhum estigma.

Mas para existir tal característica é necessária a comparação com algum outro modelo de negócio. Acho que o que entra em conflito hoje em dia são as diferenças bruscas das culturas organizacionais convencionais e de outras, como as de agências de publicidade ou até mesmo empresas “normais”.

Muitos têm na cabeça que o profissional de criação é louco, não tem rotina, é desleixado, usa qualquer roupa e tudo mais (!!!), mas poucos percebem que isso é apenas o reflexo superficial de um estilo de trabalho.

Um funcionário não necessariamente precisa usar terno e gravata para ser eficiente e eficaz. Não necessariamente precisa trabalhar das 8 as 8 com apenas um horário de almoço. Para posições e cargos onde a matéria prima do trabalho é a idéia, o importante logicamente acaba sendo o resultado extraído do funcionário. Como ele vai ter essa idéia, são outros 500.

Talvez seja muito mais prático e interessante deixar um profissional livre, no que se diz respeito a comportamento e hábitos dentro do ambiente de trabalho, para que assim ele tenha o foco exclusivo no seu trabalho e uma produtividade superior àqueles que são confinados em longas jornadas de trabalho extremamente regradas. Talvez quanto mais confortável ele esteja, melhor as idéias fluem em sua mente. E repetindo: o que vale são as idéias.

Então seria um grande preconceito afirmar que os publicitários de uma maneira geral são folgados ou loucos. Eles têm um estilo próprio, assim como os engravatados do mercado financeiro, ou dos super sociais das grandes empresas como P&G. Eles vivem da maneira que julgam ser mais produtiva. Trabalham com deadlines extremamente curtos às vezes, tem longas jornadas de trabalho, viram noites, cultivam olheiras, mas sem necessariamente ter o mesmo estilo de vida e cultura organizacional de empresas consideradas tradicionais.

No final das contas, o Job sempre está lá, na data certa, muitas vezes super criativo, inovador e pronto para ser aprovado pelo cliente, que com certeza estará usando uma bela gravata.

Tesla Motors

Caros,

Existem certos momentos em nossa vida que pensamos: “Por que não tive esta idéia?”. Hoje, em 2009, me deparo com diversas novidades, muitas delas compartilhadas com os leitores do (Di) gestor, e fico maravilhado com a evolução de nossa tecnologia, dos produtos e bens de consumo. Computadores minúsculos, ausência de fios, nanotecnologia, i-Pods, LED’s... Uma infinidade de itens revolucionários que se adaptaram perfeitamente ao nosso cotidiano, sendo elevados ao patamar de “necessários” ultimamente.

Observando principalmente o setor automobilístico, não pude deixar de perceber que toda essa tecnologia já está chegando aos carros. Carros esses que estão cada vez mais próximos àquelas prospecções futurísticas de George Orwell e Michael J. Fox em De Volta Para o Futuro. Pneus finos que não furam, materiais descartáveis, centrais de entretenimento, sistemas inteligentes de segurança entre outros itens já estão presentes nos automóveis de hoje.

Porém a evolução que nos leva uma mudança radical na cultura automotiva não é tão visível. Ela é perceptível. Dá para ouvi-la e senti-la. Enxergá-la? Também, mas só para quem está muito próximo.

Essa mudança se dá nos propulsores que estão sendo desenvolvidos por diversas marcas e engenheiros, que buscam uma maneira limpa e eficiente de locomoção mecanizada.

Já não é de hoje que as montadoras pesquisam motores e combustíveis alternativos, como energia elétrica, solar, combustíveis orgânicos e etc.

Mas em 2003 uma montadora californiana despontou nesse cenário. A Tesla Motors entrou no mercado, com apenas um produto em seu portfólio: um super esportivo elétrico para duas pessoas. Uma proposta arriscada, uma vez que esses motores nunca foram considerados confiáveis por parte dos consumidores, e muito menos potentes.
Lançar esse esportivo foi um desafio para Elan Musk (co-fundador do sistema PayPal) e seus parceiros. A partir do investimento de sete milhões e meio de dólares um protótipo foi desenvolvido e posteriormente comercializado.

Seu motor elétrico gera uma potência suficiente para fazer o pequeno carro ir de 0 a 96km/h em 3.9 segundos, com a autonomia de 390km por carga realizada numa simples tomada convencional, através de adaptadores e cabos. Sistema de freios, câmbio e suspensão são igualmente bem projetados, traduzindo toda a força do motor elétrico em uma esportividade pura e segura.

Quanto ao acabamento e design, seguem as linhas tradicionais dos pequenos esportivos, com dois lugares, interior exclusivo em couro, instrumentos convencionais e também instrumentos para leitura de informações sobre o motor elétrico.

Com uma estrutura exclusiva, acabamento refinado e um desempenho invejável, logo foi sucesso entre especialistas e formadores de opinião. Custando por volta de 100 mil dólares, é um esportivo genuíno, limpo e que vem dando dor de cabeça para o mercado tradicional.

Para 2010 está programado o lançamento de um sedan, também elétrico, que custará cerca de 50 mil dólares. Muitas unidades já foram reservadas através do site da empresa (http://www.teslamotors.com/), o que nos evidencia um futuro promissor para a pequena montadora.

Sendo assim, eles seguem com a missão da marca, de desenvolver e vender alta performance, em carros elétricos altamente eficientes. Ou seja, a Tesla Motors une estilo, aceleração e estabilidade à tecnologias avançadas, que permite que tenham o motor elétrico mais rápido e eficiente do planeta.

Uma grande idéia e um grande projeto que infelizmente não foram meus, mas por outro lado, para o planeta, grandes empresários já tem essa visão de oportunidade aliada a sustentabilidade. Ponto pra Tesla!


Energia verde.

Olá amigos,

Há tempos carrego comigo essa tristeza e preciso finalmente compartilhá-la. É realmente uma pena pensar que apesar dos sucessos que eu e toda uma geração de tigres tivemos em nossas carreiras, seja possível constatar um ato falho considerável em nossas administrações. Quando fundei a Tucker Corporation em 1948 em Chicago, me atentei a cada detalhe e a planejei com uma visão de longo prazo, pois é, não reparei no PEQUENINO detalhe chamado sustentabilidade.

Com o Tucker Torpedo consegui muitas façanhas como sua excelente engenharia, tração traseira inovadora, aerodinâmica extraordinária, e segurança, testada em Indianápolis após um acidente cinematográfico a 100 mp/h (160 km/h), o piloto contratado conseguiu se safar com apenas alguns arranhões. Pois é, o Torpedo era fantástico, um carro jamais visto, e difícil de ser copiado, mas hoje em dia penso se toda aquela gasolina queimada por um motor de 166 cavalos de 5,5 litros foi um bom negócio para o planeta. Ainda mais a gasolina daqueles tempos, feita com chumbo, metal pesado, que além de tóxico é cancerígeno. Outro detalhe que não pensei, foi a respeito do catalisador, que já era usado pela Tucker Corporation, porém de engenharia muito rudimentar e pouco eficiente.

Carros movem paixões em todos nós. Porém esses sentimentos não são maiores que o amor de Preston Tucker pelo planeta Terra. Portanto para me redimir de erros cometidos no passado, trago até vocês um caso de como a sustentabilidade e a gestão empresarial podem caminhar juntos em plena harmonia. A BP, companhia internacional de petróleo, mostrou ao mundo que está lutando e se esforçando para encontrar o que chamamos de green energy. A BP através da criação do apelidado “Helios House”, um posto de combustível que apesar de vender a boa e velha gasolina (sem chumbo e cada vez mais com etanol aditivada a ela), tenta fazê-lo de uma forma diferente.


Na esquina da Olympic Boulevard e da Robertson Boulevard em Los Angeles é que se encontra esse novo tipo de posto. Esse posto verde foi construído com materiais renováveis e design inovador, levando em consideração a economia do uso de recursos como a água e a energia elétrica. O mais interessante é que tal “posto do futuro” não é um protótipo e sim um local rotineiro para todos abastecerem seus respectivos veículos. O Helios House, além de oferecer os serviços convencionais de um posto de gasolina, é um local onde as pessoas podem refletir sobre seu modo de consumo e adotar novas práticas ensinadas e mostradas pelos próprios frentistas.

Vejam algumas fotos do local:

Os frentistas dão sugestões aos clientes de maneiras para reduzir o consumo de energia, e água.


Telhado Verde - Plantas locais e gramas foram plantadas no telhado, reduzindo a necessidade de qualquer tipo de aquecedor ou refrigerador. Esse telhado verde é capaz de minimizar os efeitos do calor urbano no posto.

Calhas inteligentes - Direcionam a água para uma cisterna instalada no chão onde a água da chuva é filtrada prevenindo que os hidrocarbonetos presentes na água da chuva poluam as águas do oceano.


O posto possui sensores de iluminação que são ativados somente quando necessários. Além disso, a iluminação do posto é de lâmpadas LED que proporcionando o mesmo brilho do que lâmpadas convencionais, porém gastam menos energia.


Os banheiros, assim como o posto inteiro foi feito de forma a previnir o diperdício. Assim os toaletes possuem torneiras com sensores (populares no Brasil) e a descarga do vaso sanitário funciona com a utilização da água proveniente da pia e da chuva.

Todo o vidro e madeira e algumas partes de metais utilzados na construção do Helios Station são reciclados e provenientes da demolição do antigo posto que existia no local, que também pertencia a BP.

Para saber mais sobre tal posto e sobre suas ações de preservação ambiental acesse o link.


É realmente muito interessante a ação desenvolvida pela BP para reparar danos causados anteriormente, afinal nunca é tarde para começar, ainda mais se tratando da preservação da saúde do planeta Terra. Através de uma abordagem ativista o apelidado Helios House tem tentado educar um dos povos mais consumistas do mundo, do qual eu, Preston Tucker também faço parte, o povo norte americano. Hoje sou uma pessoa muito mais consciente sobre as responsabilidades sociais de uma compania, e a partir de exemplos como este que realmente vejo que ainda há grandes tigres povoando o planeta. Sou Preston Tucker e esse foi o 6º post do Digestor. Um grande abraço.

domingo, 31 de maio de 2009

Água e Vinho, Espanha e Holanda.

Já dizia minha grandmother, senhorita Margareth Robinson Tucker: “se cuidar do dinheiro dos outros fosse coisa ruim não existiriam tantos bancos e políticos”. Pois é vovó, o mercado bancário além de ser conhecido por ser um dos mais valiosos é um dos mais competitivos do mundo. Não é a toa que nos habituamos a escutar notícias de aquisições, fusões e falências no setor bancário.

Porém uma delas me chamou a atenção, e foi a aquisição do renomado banco holandês ABN Amro Bank pelo consórcio formado pelos bancos Santander, Fortis e Royal Bank of Scotland que ocorreu no final de 2008. No negócio mundial, o banco espanhol Santander após pagar uma quantia que gira em torno de US$ 19,9 bilhões, ficou responsável pelas atividades latino-americanas do ABN Amro na América latina dono do Banco Real.

Essa aquisição além de gerar muita mídia, causou muita repercussão junto aos clientes do Banco Real, um banco tradicional no Brasil e que possui marca, imagem e valores diferenciados frente aos demais bancos. Muitos clientes ficaram bastante desagradados com tal fato e se sentiram ameaçados, pois dias após a consolidação da aquisição a assessoria de imprensa do banco Santander divulgou que possui o plano de acabar com a marca Real até o fim de 2010.

Como manter a marca Real é um negócio inviável para o Santander, o grande desafio será não matar a marca Real subitamente, o processo de substituição deve ser feito de modo cuidadoso lembrando de incorporar os valores de tal banco. Para isso, o Santander manteve o presidente do Banco Real, Fábio Barbosa (um dos grandes responsáveis pela criação e implementação da ideologia sustentável no Real), uma atitude um tanto quanto prudente para um banco tão agressivo.

Acompanhe o breve comparativo entre as duas marcas:




Se pelo menos o Santander não conseguir incorporar tal visão, valores e afins, os espanhóis tiraram o chapéu para a administração do ponto de vista sustentável, o que já é alguma coisa. Um dos poucos departamentos que pouco se alteraram na estrutura do Real foi o departamento de Sustentabilidade. A partir de uma análise bastante rápida podemos perceber o modo dionisíaco (Banco Real) e apolíneo (Santander) de administração bancária. È uma pena uma marca tão valiosa se perder de tal maneira. Espero que os espanhóis tenham bastante cautela em todas suas decisões. Sou Preston Tucker, e esse foi meu 5º post aqui no blog.

domingo, 24 de maio de 2009

"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência" (Karl Marx)

Para ilustrar tal pensamento colocarei este exemplo achado. Mais do que boas risadas quero que matutem a respeito.




"Hold that tiger!" (P.T.)

sábado, 23 de maio de 2009

Família, papai, mamãe, titia & a governança corporativa.




O desenvolvimento da gestão corporativa está diretamente relacionado ao crescimento da empresa. Até aí, não precisa ser Preston Tucker para constatar tal fato. Muitas empresas começam suas operações a partir de negócios familiares, porém poucas conseguem se manter estáveis depois de atingirem determinado grau de estruturação.

Empresas renomadas como O Boticário, Marisol, Eliane Revestimentos, Fertilizantes Heringer, e Globo Comunicações e Participações atentas aos problemas causados pela governança familiar, profissionalizaram sua estrutura e hoje são corporações mais estruturadas e assim melhor sucedidas. Digo isso, não porque empresas familiares sejam mal administradas, mas pelo fato de uma pesquisa realizada pela consultoria Prosperare mostrou que as empresas familiares que possuem conselho de administração com participação de membros independentes tiveram um crescimento médio de 66% no faturamento entre 2001 e 2007. O grupo de companhias que têm baixa aderência aos conceitos de governança profissional avançou apenas 27% no mesmo período.

O tema misturar trabalho com família sempre foi pivô de muitas discussões, seja pelo excesso de tempo no trabalho em comparação ao tempo de permanência com a família, ou pelo excesso do tempo da família no ambiente de trabalho. Trabalhar com a família é muito complicado, quando no almoço de dia das mães você irá rever toda sua equipe. Livrar-se totalmente de laços afetivos, e tratar seus familiares com uma postura inteiramente profissional é um feito um tanto quanto difícil.



Para melhor refletir sobre tal assunto, trago o caso do processo de profissionalização da gestão por qual passou a empresa catarinense Eliane Revestimentos e Cerâmicos. A empresa foi fundada em 1960 por Maximiliano Gaidzinski que ficou no comando dos negócios até 1980 quando veio a falecer. Nos 15 anos seguintes, a segunda geração da companhia comandou a expansão da Eliane, abrindo novas plantas no Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais. A família muito atenta a tal expansão, viu-se exigida a trocar a gestão, que passou a ser comandada por executivos do mercado. Porém para não se afastar de fato dos negócios, os Gaidzinski também passaram por um processo de profissionalização. Assim os donos da Eliane ingressaram no Family Business Network (FBN), um grupo internacional que reúne líderes de empresas familiares para troca de experiências e aprendizados.

Depois de passar por diversos treinamentos os integrantes da família viram-se possibilitados e maduros suficientes para ocupar cadeiras no conselho administrativo. Esse trabalho de governança repercutiu muito bem no mercado de capitais. Em 2000, mesmo ano em que montou o conselho de administração, a Eliane conseguiu aprovar um empréstimo de US$ 45 milhões no Banco Mundial, com custo inferior a 20% em linhas de crédito tradicional da época. Nesse caso o conselho de administração foi um pré-requisito para pleitear o crédito. De lá pra cá, o faturamento da empresa mais que dobrou, chegando a R$ 500 milhões.

Pitaco de Tucker!

Para melhor fixar o post de governança corporativa em empresas familiares, trago uma reportagem de Marcelo Barboza, presidente do grupo Pragmática.

Diante do caso, fica evidente que a governança que começou dentro da família Gaidzinski e que depois se expandiu para os negócios, foi fundamental para obter o sucesso. O processo foi alinhado e seguiu a evolução dos conceitos da gestão e maturidade dos sócios. Antes de profissionalizar uma empresa é necessário antes de tudo amadurecer a gestão, feito isso, a empresa estará pronta para formar um conselho de administração. (Preston Tucker)

quinta-feira, 16 de abril de 2009


"De nada valem idéas sem homens que possam pô-las em prática". (Karl Marx)

Saudações amigos, fico feliz em retomar nossas relações. Antes de mais nada devo avisar que Tucker gentilmente me concedeu espaço neste blog, assim a cada 15 dias deixarei pensamentos e frases de grandes personalidades históricas em tom de conselho para meus queridos ex alunos, neste que será meu quadro aqui no Digestor. Porque aqui é assim: Preto no Branco.

Who is the man?


Uns dizem que Ronaldo é o cara. Romário acha que ele é o cara. Já Barack Obama pensa que Lula é o cara.  E pra você, quem é  o cara?

Pra mim, Preston Tucker, um dos caras é  o Sir Richard Brenson. Fundador de um império chamado Virgin, ele começou seu primeiro empreendimento quando tinha apenas 16 anos, com a revista Student, uma publicação alternativa para a juventude. Pouco tempo depois fundou a empresa que daria origem a Virgin, começando a vender discos pelo correio.

Com 24 anos, Richard Branson era um jovem gago e tímido, porém milionário.

A partir daí, ninguém mais segurou o homem. Hoje, são mais de 200 empresas sob a marca Virgin atuando em diversos áreas, tais como aviação, revistas em quadrinhos, lojas de noiva, refrigerantes, loja de flores, telefonia fixa e móvel, instituto de pesquisa, cartões de crédito, turismo espacial, etc.

Não pode-se deixar de falar da recente parceria de Virgin com a mais nova equipe de Fórmula 1, a Brown GP. Com duas vitórias em duas corridas, a equipe é a atual líder do campeonato, uma verdadeira zebra automobilística. Parece mesmo que tudo que o Sir Richard Branson toca, vira ouro.

A marca Virgin hoje é global e conseguiu expandir seus negócios através de diferentes maneiras de internacionalização, desde licenciamentos e franquias até Greenfield, passando por Joint-Ventures e aquisições.  

Vale lembrar que o mega empresário gosta (ou pelo menos tenta) dar atenção a todos seus empreendimentos, se tornando o garoto propaganda da grande maioria.

Para lançar a marca de vestidos de noiva Virgin Bride, por exemplo, vestiu-se de branco e raspou seu cavanhaque.

Richard Branson pode ser considerado um verdadeiro craque do marketing, que sempre conseguiu vender tudo que queria.

Sua motivação peculiar para criar um novo negócio pode ser compartilhar uma paixão pessoal, satisfazer-se como consumidor ou desafiar marcas consolidadas. “Começo uma empresa quando encontro algo que me interessa”, disse numa entrevista à revista The New Yorker. Assim, percebe-se que o espírito empreendedor desse empresário está presente em qualquer oportunidade de mercado e/ou demanda latente. Ele possui ainda características marcantes de um empreendedor, como um alto nível de confiança e energia, um constante estado de urgência e a paixão por riscos e auto realização.

Por ser a personificação do entrepreneure e por acreditar que os jovens empreendedores podem assumir papéis importantes na sociedade em que vivem, o mega-empresário fundou a “The Branson School of Entrepreneurship”, uma escola de empreendedorismo na África do Sul. Esses estudantes são expostos a casos de sucesso mundiais e são monitorados por empreendedores com grande expertise. Além disso, eles tem a oportunidade de junto com outros estudantes, criarem suas próprias empresas. 


Com isso, Sir Richard Branson e eu, Preston Tucker, acreditamos que esses jovens podem fazer grande diferença não somente em suas famílias ou comunidades em que vivem, mas sim em toda África e até mesmo em todo o mundo.

Essa é mais uma iniciativa do mestre de quebrar paradigmas que atualmente é sinônimo de empreendedorismo, Sir Richard Branson. Aqui vai uma dica ao meu caro amigo Daft: esse homem deveria estar presente no capítulo 6 de seu livro “Administração”. Afinal, ele é o cara.

 

Fonte: entrepreneur.virgin.com/index.php  e  www.mundodasmarcas.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Planejadores I want you!





O fechamento do mês de março registrou um fato um tanto curioso. A venda de veículos bateu mais um recorde somando 271.494 unidades vendidas no país, número esse 17% maior do que as registradas em março de 2008.

A indústria automobilística brasileira mostrou novamente sua força depois de sofrer com os efeitos da crise e ressurgiu no cenário econômico de forma estrondosa. O mais surpreendente é que março de 2009 é o segundo melhor mês da história no que diz respeito ao total de vendas de automóveis no Brasil, perdendo apenas para o mês de julho em 2008.

A redução do IPI (imposto sobre produtos industrializados) foi a grande alavanca que impulsionou tal crescimento. Isso pode ser explicado por um possível medo dos consumidores em relação ao adiamento do corte do IPI, assim muitos deles anteciparam suas compras com intuito de aproveitar tal benefício. Para tentar prolongar tal período de vendas, o governo federal já anunciou uma prorrogação da redução de tal imposto até o mês de julho.

Pitaco de Tucker!

“Como grande amante de carros, espero que os gestores do setor automobilístico brasileiro planejem cada um de seus passos em meio a tempos de incerteza econômica. Exemplos de péssimas atitudes não lhes faltam, vide o hilário ocorrido de meus compatriotas milionários, que em uma tarde em Washington, incorporaram o papel de pedintes frente ao congresso norte americano. Viagem essa obviamente regada a drinks exóticos e vôos em jatos particulares. Poxa Alan Mulally, num venha me falar que da próxima vez você irá dirigir por 10 horas. Não faça isso! Fique em Detroit e veja um jogo dos Pistons por mim”.

” Pistons, cars, hã hã don’t you understand it buddy? (a nice joke)

“Os governos não podem servir de tampão para erros de planejamento e má administração. Como Lulu Florêncio disse (tomando como base o capítulo 1 do livro), como grandes administradores todos nós devemos planejar, organizar, liderar e controlar, simples assim. Se estivesse vivo certamente andaria de Toyota, bons gestores. O macroambiente está aí! God bless América. Sou Preston Tucker e esse foi o segundo texto do blog Digestor de idéias”.

terça-feira, 31 de março de 2009

Sim ou não? Esquerda ou direita? Demitir ou contratar? Nescau ou Toddy? Os problemas empresariais no processo de tomada de decisão.


Na edição desse mês da revista Época Negócios, saiu uma reportagem muito interessante e que sintoniza com a matéria vista em aula: o planejamento e a tomada de decisão (Cap. 9, no livro). Nada que eu, Tucker, entre tigres e carros, não soubesse ainda. Mas o conteúdo é relevante.

A matéria conta de uma análise, feita por dois estudiosos norte americanos, e encomendada por uma empresa farmacêutica para responder a seguinte questão:
quanto custa, seja em dinheiro ou em tempo, tomar uma decisão?

Feito o trabalho, foi descoberto que a empresa em uma compra de US$ 39 mil, por exemplo, gastava US$ 17 mil no processo de tomada de decisão. Além disso, outro fato evidenciado foi que os gestores “gastavam” 17,4 mil horas por mês. O que mais impressionou, porém, não foram esses números altos, até porque como aprendido em aula, o trabalho de um gestor é muito menos operacional e mais estratégico. Além disso, deve resolver questões de grande influência e impacto para a empresa. Por isso, é natural que tome um bom tempo e dinheiro.
O que chamou atenção foram sim, as pessoas envolvidas no processo de decisão. Os gestores envolviam em média 13 outras pessoas, que o auxiliavam, sendo que desses, 9 não tinham posição critica para ajudar. A reportagem não deixa claro, mas por “posição crítica” entendemos que eram funcionários, que ocupava cargos abaixo dos gestores em áreas mais distantes e que, portanto, estavam com falta de informações relacionadas à decisão.

A conclusão então foi que estava-se gastando muito tempo, com pessoas erradas.

Os dois estudiosos foram mais a fundo e publicaram um estudo sobre a influência das redes sociais dentro das empresas, averiguando como elas influenciam as decisões.
Uma das conclusões foi de que essas redes sociais podem tumultuar e paralisar o processo decisório, seja através de “colaborações excessivas”, seja, no extremo oposto, pelo isolamento entre as áreas da empresas, ou até mesmo pelo medo de errar e de se responsabilizar por determinada ação.

Tudo bem, mas como resolver esse problema?
Tucker aqui lhe diz como:
Ouçam a professora Luciana. Como visto em aula, é imprescindível que haja um planejamento, que estabeleça metas, objetivos e estratégias – e porque não prazos. Mas o planejamento deve também definir de maneira clara, até onde cada um deve ir, até onde cada gestor deve decidir e, principalmente o que e como ele vai decidir.
Essa “burocracia decisiva” - atentem para os dois sentidos dessa expressão de minha autoria e que não pude dizer no filme – pode ser evitada também através da integração entre as diversas áreas e os integrantes da empresa, porém sem que isso se torne uma bagunça, com cada área e cada um sabendo de seus limites. Adptando as bonitas palavras de Winnicott (obrigado, Pedro di Santi.Ok.) é estar sozinho na presença dos outros. A devida consciência empresarial de coletividade e individualidade pode evitar o medo de errar e também o gasto excessivo de tempo na tomada de decisão.

Um abraço para todos os meus bons tigres!
Professora Luciana, suas aulas são memoráveis, me lembram dos meus bons tempos de business man.