sábado, 6 de junho de 2009

Engajamento

A palavra engajamento é muito utilizada dentro das organizações. Isso nos faz refletir quais motivações as empresas esperam que seus profissionais estejam engajados.

Foi divulgada  uma pesquisa da Gallup sobre o engajamento da força de trabalho brasileira. Esse estudo revelou que 21% dos entrevistados estão engajados no seu trabalho. O conceito trabalhado pela Gallup é mais amplo que a simples satisfação pelo trabalho.

Esse dado faz com que tenhamos algumas reflexões.O que é essencial para o engajamento? O que desperta e mantém a paixão do empregado pela empresa – bons salários, acesso às informações, treinamentos, cursos? Ter um líder engajado com a empresa e em desenvolver sua equipe colabora para o engajamento do funcionário?

Tudo isto é importante para o engajamento, mas se estas ações forem aplicadas de forma segmentada, não são suficientes para que os valores, a missão, a visão e o DNA da empresa sejam absorvidos pelos empregados. Não podemos esquecer que todos os funcionários são instáveis, seja com carências, desejos, crenças, expectativas e emoções

O que podemos afirmar é que, de fato, todas as pessoas buscam o reconhecimento, desejam e esperam ser alguém significativo. E esse reconhecimento passa por todos os aspectos que dão valor às pessoas, seja recompensa financeira, oportunidade de crescimento, reconhecimento dos superiores ou bom relacionamento com os colegas de trabalho.

Dessa forma, se o líder for um bom ouvinte, saiba agregar e seja focado no desenvolvimento, mas a empresa peca nos quesitos salários e benefícios, será difícel reter o funcinário. O bom clima organizacional também é um fator essencial para o engajamento do empregado. É importante que a empresa esteja preocupada em cercar-se de todos os lados possíveis a fim de promover o engajamento.

Deve-se ressaltar que, atualmente, as companhias exigem cada vez mais de seus funcionários, e isso pode gerar uma insatisfação, por sentir que nunca faz o suficiente pela empresa. Esses funcionários estão cada vez mais capacitados, informados, atualizados e exigente. Fazer com que se sintam únicos e essenciais à empresa pode gerar o engajamento tão desejado.

Instigar o engajamento ou a paixão dos empregados é um investimento, que pode ter um custo à empresa, mas é sempre recompensador.Todos sabemos que empregados engajados são mais produtivos. Esses funcionários são mais lucrativos, mais focados nos clientes, mais seguros e mais resistentes às propostas de sair da empresa.
O que mais as empresas podem querer? 

Ou dá ou desce!

De acordo com os estudos realizados pela Booz & Company sobre a sucessão de CEO´s nas empresas a rotatividades dos chefões das grandes empresas aumentou em 4,6%. Mas não que isso seja algo muito surpreendente, pois as empresas cada vez mais cobram resultados imediatos e surpreendentes de seus empregados. Assim, quando não há resultados esperados é hora de mudar, igual ao futebol.
Mas eis que você deve estar se perguntando, que p**ra que o futebol tem a ver com isso? É só pensar na velocidade em que os times mudam seus técnicos. Se perder ta fora!
Em todo lugar e toda função, as pessoas têm obrigação de inovar e gerar resultados com urgência, afinal a informação esta a disposição de todos e fazer o basico ou fazer bem feito não vale de mais nada. 
Ou seja se você, meu lindo leitor, estiver planejando estar entre os melhores, comece a expandir seus horizontes, aumentar seu repertório e pensar como um verdadeiro empreendedor. Pois seja onde for, você tera que ser pelo mostrar que sabe agir como eu.

Adios.
“If you tell me, i’ll forget
If you show me, I’ll remember
If you engage me, I’ll remember forever"


Arnold Wayne, CEO, Profero

Não, essa frase não faz parte de mais um “Momento JC”aqui do blog. Mas ela é a tradução do que pode vir a ser um novo modelo de planejamento nas organizações ou até mesmo uma maneira de delegar e liderar seus funcionários.

O chamado “Engagement Planning” é mais do que planejar e estabelecer metas para ajudar a organização a alcançar um alto desempenho. O engagement planning não é o fim, mas sim o meio pelo qual a empresa consegue alcançar seus objetivos.

Vocês se lembram da maneira como eu lidava com meus funcionários, sempre tentando estimulá-los e principalmente engajá-los com o projeto que eles estavam envolvidos? Aquilo era o que podemos chamar de “engagemente leadership” (ok, o nome eu estou inventando, mas o que importa é a essência da idéia).

Ter funcionários engajados que de fato se preocupam com o projeto/empresa é uma ótima (não a única) maneira de se obter sucesso. Assim, no momento do plano de ação da empresa essas pessoas estarão tão envolvidas no projeto que irão alcançar as metas estipuladas de uma maneira mais fácil e natural, fazendo com que a etapa de revisar o progresso do plano de ação seja muito mais fácil e sem grandes problemas. Dessa maneira diminui as chances das possíveis medidas corretivas no processo.

A citação no começo desse post também pode traduzir o que vem sendo uma tendência no universo da propaganda. Nessa semana tive a oportunidade de participar de um evento na ESPM chamado “Mi Case Su Case”. Organizado pelo Grupo de Planejamento, os palestrantes Cynthia Horowicz, Rita Almeida, Ken Fujioka e Fabiano Coura tinham como mote contar um case que eles tinham participado e tinham orgulho e outro que eles não tinham participado mas gostariam de tê-lo feito.

Fabiano Coura contou um case do Bradesco Seguros, uma verdadeira aula de “engagement planning”. De maneira breve e simples o case era o seguinte: o cliente pediu que fosse realizado algo de inovador para melhorar a imagem da marca Seguro Auto.A solução foi lançar o primeiro aplicativo comercial de Iphone da América Latina, oferecendo diversos tipos de serviço nesse “programinha”. Tudo bem, até aí tudo ta legal, tudo certo, mas onde está o pulo do gato, o “engagement planning”?

A grande sacada do planejamento dessa campanha foi a comunicação desse produto digital para seus prospects. A solução para disseminar essa inovação para a massa foi através da maneira mais eficiente possível: usando a força e disseminação das próprias pessoas. Foram realizadas ações específicas para atingir e engajar os verdadeiros formadores de opinião e grandes influenciadores de compras. Assim eles iriam espalhar a novidade com muito mais credibilidade do que um simples comercial de 30” na TV. Mas as inovações não param por aí. A grande inovação desse case é o produto em si. O tal aplicativo oferece diversos tipos de informações que são de fato relevantes para a população, como por exemplo lugares que o cliente tem desconto com a apresentação do seu cartão de seguros ou os mecânicos mais próximos naquele exato momento.

Ou seja, marcas que produzem conteúdo e de fato interagem com seus consumidores acabam criando um engajamento deles. Com esse engajamento esse consumidor pode disseminar essa marca para sua rede de relacionamento. Mais do que isso, ele pode se tornar um cliente fiel de grande valor para a marca, se tornando um verdadeiro advogado da marca. Mas tudo isso começou com uma ação inovadora elaborada nos mínimos detalhes através do “engagement planning” da empresa.

Peço licença ao Fabiano Coura e coloco a seguir sua apresentação completa do Mi Case Su Case.

Responsabilidade Social X Responsabilidade Social Corporativa

As expressões "responsabilidade social" e "responsabilidade social corporativa", por vezes, possuem o mesmo significado. No site do Business for Social Responsibility (BSR), encontra-se a seguinte definição para responsabilidade social:


"Uma variedade de termos é usada - às vezes permutadamente - para abordar a responsabilidade social corporativa (CSR): negócios éticos, cidadania corporativa, prestação de contas corporativa, sustentabilidade. O BSR define responsabilidade social corporativa como 'alcançar sucesso comercial de maneira que honre valores e respeite pessoas, comunidade e o meio ambiente'. Nós também dizemos CSR que significa dirigir as expectativas legais, éticas, comerciais e outras para os negócios, tomar decisões que equilibrem razoavelmente as reivindicações de todos os stakeholders. Resumindo, é 'o que você faz, como você faz, e quando e o que você fala'."


Historicamente, pode-se dizer que a discussão sobre responsabilidade social iniciou-se com H. R. Bowen em 1953, que inspirou várias idéias novas sobre o tema quando escreveu uma obra sobre responsabilidade social do executivo. Em seu livro, ressalta a seguinte citação (1957):


"As decisões e ações do homem de negócios estão em relação direta com a natureza de nossa personalidade. Suas decisões afetam não só a ele próprio e aos seus acionistas, operários e fregueses - elas afetam a vida e a sorte de todos nós".


A empresa não é um ser isolado, já que faz parte de um sistema comunitário, e a sua ação no meio em que vive, ou em que está instalada, é sempre relevante. A empresa, fazendo parte desse sistema, não pode fazer aquele que quer, com a perpectiva de punição da sociedade, que pode levar à sua extinção, ou seja, a empresa não pode visar somente a geração de lucros para os proprietários e acionistas, mas a sua atuação deve ser responsável, pois afeta a comunidade local. Sobre essa afirmação, Bowen pergunta:


"Em face de sua posição privilegiada e de sua considerável autoridade para decidir, estarão os homens de negócios na obrigação de levar em conta as consequências sociais ao firmarem suas resoluções de caráter privado? No caso afirmativo, terão eles responsabilidades sociais que transcendam suas obrigações para com os proprietários ou os acionistas?"


Nos anos 60, nos Estados Unidos, com a insatisfação gerada pela guerra do Vietnã e pela discriminação racial, as igrejas, as universidades e outras organizações sociais exerceram pressão sobre as grandes empresas da época, levando-as a uma nova ética: a responsabilidade social. Seguiu-se então um período morno nos anos 70 e 80, em que as empresas estavam mais preocupadas com os retornos monetários de suas operações.


As maiores discussões sobre o assunto ocorreram no final da década de 1990, quando se torno necessária a definição do papel social das organizações. É evidente que o Estado não pode proporcionar o devido amparo aos mais carentes, o que fera mais pobreza e violência na sociedade. As instituições de caridade se movimentaram, diversas organizações não-governamentais foram criadas para suprir a falta do Estado na solução dos problemas. Mas e a empresa? Ela também não faz parte da sociedade? E os possíveis danos que elas causam ao meio ambiente não serão eliminados ou minimizados? A resposta pode ser dada por Gomes:


"Entretanto, com a crescente e assustadora degradação do meio ambiente, as empresas se viram obrigadas, pela pressão da sociedade, governos, associações de defesa do ecossistema, clientes, fornecedores, entre outros, a incorporar também, no seu planejamento estratégico, objetivos sociais, que envolvam, dentre outras coisas, o bem-estar da população na sua integridade".


Fonte: Responsabilidade Social das Empresas - A contribuição das universidades.

Para recall aperte duas vezes o send, se ainda tiver um dedo.

Qualidade foi um substantivo com qual sempre me preocupei na Tucker Corporation, e isso ficou provado com o lançamento do Torpedo, um carro inovador, eficiente e evidentemente com o charme americano. Pensando nisso, recordo me de casos como do Vokswagen Fox (início de 2008), que apesar do sucesso nas vendas cometeu um erro absurdo processo de controle de qualidade de tal carro, o que permitiu que cenas bizarras de decepamento ocorressem com aqueles que são as pessoas mais importantes, seus clientes. Todos sabemos que o controle de qualidade é um tipo de controle simultâneo, pois é realizado no momento em que o produto está sendo fabricado e num momento pós fabricação. Pois é amigos, porém os engenheiros da VW não foram tão rápidos quanto deveriam ser, e demoraram a fazer o recall dos modelos. Esse período de demora permitiu com que muitos proprietários perdessem partes de seus dedos enquanto acionavam o dispositivo de rebatimento do banco. Na ocasião a montadora evitou utilizar o termo recall e convidou os proprietários de tal veículo a comparecerem às concessionárias da marca e retirarem gratuitamente uma nova peça (anel de borracha) que consertaria o defeito. Em nota oficial a Volkswagen dizia que a culpa era exclusivamente dos proprietários, um tremendo e imenso absurdo.


Todo e qualquer tipo de controle é bem vindo à empresa desde que tenha em sua essência a funcionalidade de analisar desempenhos e corrigir eventuais problemas. E depois ainda falam que os alemães sabem fazer carros! Já faz algum tempo que os decepamentos aconteceram mas as marcas ficam para o resto da vida. Viva o Torpedo, viva os carros japoneses. Sou Preston Tucker e tento descrever minha indignação neste post. Obrigado por sua atenção. Boa noite.

"Enfia essa prova..."

Quando o menino Tucker aqui era ainda apenas um filhote de tigre, sempre ouvía dizer.
"Tá vendo esse garotinho que fica quieto no canto da sala, super inteligente e que sempre tira nota máxima na sua classe? Ele será o seu chefe."

Hoje, muitos anos depois, no auge do meu faro empreendor, sentado em uma poltrona de couro e com os pés na mesa, posso falar:
Isso nem sempre é verdade.

Pro cara ser bom mesmo, ele tem que ter mais que notas altas. Isso é muito bom e, certas vezes, é indispensável. Mas é que, geralmente, negócios vão além disso. Não se trata de teoria - matrizes de marketing ou outros métodos avançados de análise. Também não é prática - saber todos cases de sucesso e fracasso do mundo empresarial.
Enfim, é algo que não se aprende em provas.

É a inteligência emocional.

Significa, de acordo com a wiki, "a sua capacidade de sentir, entender, controlar e modificar o estado emocional próprio ou de outra pessoa de forma organizada."
De um jeito mais simples, é o quanto você consegue entender o outro e se relacionar com ele.
E, nisso, meu caros tigres, é bem mais difícil tirar 10.

O conceito já tem algumas décadas mas está sendo retomado e revisitado por um cara chamado Daniel Golleman, um psicólogo, que escreveu um livro sobre assunto - com o original título de "Inteligência emocional".

Ele foi entrevistado recentemente na Globo News para falar sobre o tema. 
Tenho que dizer, esse tigre é dos meus.
No programa, ele destacou a importância do auto-conhecimento para entender o próximo.
Disse, entre outras coisas, que é fundamental sempre buscar entender o nós estamos falando, como estamos agindo e, principalmente, ter conhecimento de que parte do que fazemos é um movimento inconsciente.
Apenas depois de se conhecer é que você pode se colocar no lugar do outro e entendê-lo.

A inteligência emocional tem papel de destaque no mundo empresarial. Afinal, trata-se da boa e velha capacidade humana do gestor.

Não é à toa que o Daniel aí de cima, tá chegando no Clóvis em número de palestra agendadas com os engravatados, que se sentam em uma confortável poltrona de couro e colocam os pés na mesa.



Fica uma questão, seria Pedro di Santi, o Daniel Golleman brasileiro?

Por enquanto é isso, Tigres.
Volto daqui alguns minutos,
um abraço

Folgados?

Gostaria de levantar uma questão, caros amigos!

Os publicitários são folgados?


Esse estigma já existe há um tempo, mas de onde será que ele vem?

Lá no começo, bem no início do mercado publicitário, todos os “criativos” da época ainda eram engravatados, escritores, poetas e artistas. Todos considerados normais até certo ponto. No Brasil esse modelo era o mesmo, e em alguma medida funcionava sem nenhum estigma.

Mas para existir tal característica é necessária a comparação com algum outro modelo de negócio. Acho que o que entra em conflito hoje em dia são as diferenças bruscas das culturas organizacionais convencionais e de outras, como as de agências de publicidade ou até mesmo empresas “normais”.

Muitos têm na cabeça que o profissional de criação é louco, não tem rotina, é desleixado, usa qualquer roupa e tudo mais (!!!), mas poucos percebem que isso é apenas o reflexo superficial de um estilo de trabalho.

Um funcionário não necessariamente precisa usar terno e gravata para ser eficiente e eficaz. Não necessariamente precisa trabalhar das 8 as 8 com apenas um horário de almoço. Para posições e cargos onde a matéria prima do trabalho é a idéia, o importante logicamente acaba sendo o resultado extraído do funcionário. Como ele vai ter essa idéia, são outros 500.

Talvez seja muito mais prático e interessante deixar um profissional livre, no que se diz respeito a comportamento e hábitos dentro do ambiente de trabalho, para que assim ele tenha o foco exclusivo no seu trabalho e uma produtividade superior àqueles que são confinados em longas jornadas de trabalho extremamente regradas. Talvez quanto mais confortável ele esteja, melhor as idéias fluem em sua mente. E repetindo: o que vale são as idéias.

Então seria um grande preconceito afirmar que os publicitários de uma maneira geral são folgados ou loucos. Eles têm um estilo próprio, assim como os engravatados do mercado financeiro, ou dos super sociais das grandes empresas como P&G. Eles vivem da maneira que julgam ser mais produtiva. Trabalham com deadlines extremamente curtos às vezes, tem longas jornadas de trabalho, viram noites, cultivam olheiras, mas sem necessariamente ter o mesmo estilo de vida e cultura organizacional de empresas consideradas tradicionais.

No final das contas, o Job sempre está lá, na data certa, muitas vezes super criativo, inovador e pronto para ser aprovado pelo cliente, que com certeza estará usando uma bela gravata.

Tesla Motors

Caros,

Existem certos momentos em nossa vida que pensamos: “Por que não tive esta idéia?”. Hoje, em 2009, me deparo com diversas novidades, muitas delas compartilhadas com os leitores do (Di) gestor, e fico maravilhado com a evolução de nossa tecnologia, dos produtos e bens de consumo. Computadores minúsculos, ausência de fios, nanotecnologia, i-Pods, LED’s... Uma infinidade de itens revolucionários que se adaptaram perfeitamente ao nosso cotidiano, sendo elevados ao patamar de “necessários” ultimamente.

Observando principalmente o setor automobilístico, não pude deixar de perceber que toda essa tecnologia já está chegando aos carros. Carros esses que estão cada vez mais próximos àquelas prospecções futurísticas de George Orwell e Michael J. Fox em De Volta Para o Futuro. Pneus finos que não furam, materiais descartáveis, centrais de entretenimento, sistemas inteligentes de segurança entre outros itens já estão presentes nos automóveis de hoje.

Porém a evolução que nos leva uma mudança radical na cultura automotiva não é tão visível. Ela é perceptível. Dá para ouvi-la e senti-la. Enxergá-la? Também, mas só para quem está muito próximo.

Essa mudança se dá nos propulsores que estão sendo desenvolvidos por diversas marcas e engenheiros, que buscam uma maneira limpa e eficiente de locomoção mecanizada.

Já não é de hoje que as montadoras pesquisam motores e combustíveis alternativos, como energia elétrica, solar, combustíveis orgânicos e etc.

Mas em 2003 uma montadora californiana despontou nesse cenário. A Tesla Motors entrou no mercado, com apenas um produto em seu portfólio: um super esportivo elétrico para duas pessoas. Uma proposta arriscada, uma vez que esses motores nunca foram considerados confiáveis por parte dos consumidores, e muito menos potentes.
Lançar esse esportivo foi um desafio para Elan Musk (co-fundador do sistema PayPal) e seus parceiros. A partir do investimento de sete milhões e meio de dólares um protótipo foi desenvolvido e posteriormente comercializado.

Seu motor elétrico gera uma potência suficiente para fazer o pequeno carro ir de 0 a 96km/h em 3.9 segundos, com a autonomia de 390km por carga realizada numa simples tomada convencional, através de adaptadores e cabos. Sistema de freios, câmbio e suspensão são igualmente bem projetados, traduzindo toda a força do motor elétrico em uma esportividade pura e segura.

Quanto ao acabamento e design, seguem as linhas tradicionais dos pequenos esportivos, com dois lugares, interior exclusivo em couro, instrumentos convencionais e também instrumentos para leitura de informações sobre o motor elétrico.

Com uma estrutura exclusiva, acabamento refinado e um desempenho invejável, logo foi sucesso entre especialistas e formadores de opinião. Custando por volta de 100 mil dólares, é um esportivo genuíno, limpo e que vem dando dor de cabeça para o mercado tradicional.

Para 2010 está programado o lançamento de um sedan, também elétrico, que custará cerca de 50 mil dólares. Muitas unidades já foram reservadas através do site da empresa (http://www.teslamotors.com/), o que nos evidencia um futuro promissor para a pequena montadora.

Sendo assim, eles seguem com a missão da marca, de desenvolver e vender alta performance, em carros elétricos altamente eficientes. Ou seja, a Tesla Motors une estilo, aceleração e estabilidade à tecnologias avançadas, que permite que tenham o motor elétrico mais rápido e eficiente do planeta.

Uma grande idéia e um grande projeto que infelizmente não foram meus, mas por outro lado, para o planeta, grandes empresários já tem essa visão de oportunidade aliada a sustentabilidade. Ponto pra Tesla!


Energia verde.

Olá amigos,

Há tempos carrego comigo essa tristeza e preciso finalmente compartilhá-la. É realmente uma pena pensar que apesar dos sucessos que eu e toda uma geração de tigres tivemos em nossas carreiras, seja possível constatar um ato falho considerável em nossas administrações. Quando fundei a Tucker Corporation em 1948 em Chicago, me atentei a cada detalhe e a planejei com uma visão de longo prazo, pois é, não reparei no PEQUENINO detalhe chamado sustentabilidade.

Com o Tucker Torpedo consegui muitas façanhas como sua excelente engenharia, tração traseira inovadora, aerodinâmica extraordinária, e segurança, testada em Indianápolis após um acidente cinematográfico a 100 mp/h (160 km/h), o piloto contratado conseguiu se safar com apenas alguns arranhões. Pois é, o Torpedo era fantástico, um carro jamais visto, e difícil de ser copiado, mas hoje em dia penso se toda aquela gasolina queimada por um motor de 166 cavalos de 5,5 litros foi um bom negócio para o planeta. Ainda mais a gasolina daqueles tempos, feita com chumbo, metal pesado, que além de tóxico é cancerígeno. Outro detalhe que não pensei, foi a respeito do catalisador, que já era usado pela Tucker Corporation, porém de engenharia muito rudimentar e pouco eficiente.

Carros movem paixões em todos nós. Porém esses sentimentos não são maiores que o amor de Preston Tucker pelo planeta Terra. Portanto para me redimir de erros cometidos no passado, trago até vocês um caso de como a sustentabilidade e a gestão empresarial podem caminhar juntos em plena harmonia. A BP, companhia internacional de petróleo, mostrou ao mundo que está lutando e se esforçando para encontrar o que chamamos de green energy. A BP através da criação do apelidado “Helios House”, um posto de combustível que apesar de vender a boa e velha gasolina (sem chumbo e cada vez mais com etanol aditivada a ela), tenta fazê-lo de uma forma diferente.


Na esquina da Olympic Boulevard e da Robertson Boulevard em Los Angeles é que se encontra esse novo tipo de posto. Esse posto verde foi construído com materiais renováveis e design inovador, levando em consideração a economia do uso de recursos como a água e a energia elétrica. O mais interessante é que tal “posto do futuro” não é um protótipo e sim um local rotineiro para todos abastecerem seus respectivos veículos. O Helios House, além de oferecer os serviços convencionais de um posto de gasolina, é um local onde as pessoas podem refletir sobre seu modo de consumo e adotar novas práticas ensinadas e mostradas pelos próprios frentistas.

Vejam algumas fotos do local:

Os frentistas dão sugestões aos clientes de maneiras para reduzir o consumo de energia, e água.


Telhado Verde - Plantas locais e gramas foram plantadas no telhado, reduzindo a necessidade de qualquer tipo de aquecedor ou refrigerador. Esse telhado verde é capaz de minimizar os efeitos do calor urbano no posto.

Calhas inteligentes - Direcionam a água para uma cisterna instalada no chão onde a água da chuva é filtrada prevenindo que os hidrocarbonetos presentes na água da chuva poluam as águas do oceano.


O posto possui sensores de iluminação que são ativados somente quando necessários. Além disso, a iluminação do posto é de lâmpadas LED que proporcionando o mesmo brilho do que lâmpadas convencionais, porém gastam menos energia.


Os banheiros, assim como o posto inteiro foi feito de forma a previnir o diperdício. Assim os toaletes possuem torneiras com sensores (populares no Brasil) e a descarga do vaso sanitário funciona com a utilização da água proveniente da pia e da chuva.

Todo o vidro e madeira e algumas partes de metais utilzados na construção do Helios Station são reciclados e provenientes da demolição do antigo posto que existia no local, que também pertencia a BP.

Para saber mais sobre tal posto e sobre suas ações de preservação ambiental acesse o link.


É realmente muito interessante a ação desenvolvida pela BP para reparar danos causados anteriormente, afinal nunca é tarde para começar, ainda mais se tratando da preservação da saúde do planeta Terra. Através de uma abordagem ativista o apelidado Helios House tem tentado educar um dos povos mais consumistas do mundo, do qual eu, Preston Tucker também faço parte, o povo norte americano. Hoje sou uma pessoa muito mais consciente sobre as responsabilidades sociais de uma compania, e a partir de exemplos como este que realmente vejo que ainda há grandes tigres povoando o planeta. Sou Preston Tucker e esse foi o 6º post do Digestor. Um grande abraço.